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Cena do filme Os Delírios de consumo de Becky Bloom, baseado no livro de Sophie Kinsella (Reprodução) |
Por Bianca Santos
O filósofo francês Gilles Lipovetsky não abordou somente a questão da identidade na obra O Império do Efêmero, escrita em 1987. Ele foi além e levantou questões a respeito do consumo e de como tudo se tornou tão descartável.
O autor explica que a moda, dentro de suas infinitas possibilidades, trouxe à sociedade moderna uma necessidade de consumir exacerbadamente, sem limites e precedentes e de forma cada vez mais volátil e expressa. Com a influência do capitalismo no mercado e na indústria da moda, a roupa passou a adquirir status fetichista, já que atingiu o nível de luxo e inovação.
Desde então, essa situação só tem se agravado, como podemos observar na sociedade atual, mais de 20 anos depois, na qual o consumo virou uma grave questão socioeconômica e ambiental.
A escritora britânica Sophie Kinsella criou uma personagem que simboliza fielmente o retrato dessa sociedade compulsiva e dependente do mercado da moda. Rebbeca Bloom, mais conhecida como Becky Bloom, é uma jornalista e - como a maioria das pessoas nessa profissão - não tem muito dinheiro na conta bancário. Mesmo assim, Becky tem o desejo de consumir loucamente tudo o que é exposto nas vitrines da 5ª Avenida. Soa familiar para você?
Estamos fadados à essa dependência cada vez mais, mesmo sabendo dos riscos e prejuízos que ela nos ocasiona. É o mundo em que vivemos. Mundo da moda efêmera, mas que satisfaz as Becky Bloom's que existem dentro de cada um de nós.
Bianca, vale a mesma dica dada à Camila. Você já fez uma matéria sobre o livro, mude o tema, por favor.
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